Ingoma, o Menino e o Tambor
– a tradição do Batuque de Umbigada
Autor: Lucas Puntel Carrasco [contato: lucaspuntelcarrasco@gmail.com]
Gênero e público-alvo: Ficção infanto-juvenil
Assunto: Cultura caipira e afro-brasileira, modos de vida, cotidiano de menino do interior
Temas transversais: Diversidade cultural, ética, cidadania
Relevância: Lei federal n° 10.639, sobre ensino de história e cultura afro-brasileira e africana
SINOPSE DE INGOMA, O MENINO E O TAMBOR
Olhar para trás com orgulho e respeito. É esta a mensagem que crianças e jovens pelo interior de São Paulo são estimuladas a ler nas páginas de Ingoma – o Menino e o Tambor. A obra foi inspirada na convivência com o mestre de Batuque Vanderlei Bastos, de Piracicaba (SP), como também na vivência do autor, Lucas Puntel Carrasco, que caipira de Rio Claro (SP) e afro-descendente cresceu vaquejando em sua infância naquele município.
De um jeito simples, Ingoma apresenta o menino Dito, que vive em uma comunidade negra na periferia de Piracicaba. Ele descobre a tradição do Batuque de Umbigada, ou Tambu, sempre cultivado no quintal por sua avó e por velhos mestres dos sítios da vizinhança e cidades como Tietê e Capivari – cuja comunidade quilombola, certificada pela Fundação Palmares em março de 2007, traz consigo um legado de resistência, organização e, sobretudo, conquista ao direito da terra.
Com prefácio de Zé Hamilton Ribeiro, editor-chefe do Globo Rural, e contra-capa assinada pelo sambista Nei Lopes, agraciado com a Ordem do Mérito Cultural e autor do Dicionário Banto do Brasil e Enciclopédia da Diáspora Africana, o romance prioriza culturas em vias de extinção – caipira e quilombola – além de ser conduzido por proponente de relevância na área (escritor afro-descendente de origem caipira premiado no PAC 2006 (Secretaria de Estado da Cultura) pelo livro infanto-juvenil Pindá, a menina do mar: sonetos para uma infância caiçara.
Considerando que a lei federal nº 10.639, de janeiro de 2003, torna obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira; que, em seu esteio, inúmeros cursos vêm sendo oferecidos para formar educadores capacitados no assunto; que, a exemplo do município mineiro Carmo do Rio Claro (MG), o projeto “Vida Rural” oficializou na grade curricular o caipirês, matéria sobre linguagem, crendices, música e medicina popular caipira; nesse sentido o livro Ingoma, tanto no conteúdo do miolo como em seu suplemento pedagógico, resgata e valoriza os costumes e as tradições caipira e afro-brasileira; ou melhor, “afro-caipira”. Com isso, transmite esse fundamento para crianças e jovens dos ensinos fundamental e médio, promovendo assim sua continuidade.
SOBRE O AUTOR
Lucas Puntel Carrasco nasceu no Natal de 1979 em Rio Claro (SP). Trabalha em São Paulo com revisão de texto e assessoria editorial. Publicou Pindá, a menina do mar – sonetos para uma infância caiçara, que em 2007 lhe rendeu o prêmio ProAC.
Editor e pesquisador do songbook PretoBrás, o livro de canções e histórias de Itamar Assumpção, o autor também publicou na revista Cronopinhos o conto ecológico Dulenega – um gosto de fábulas no mar de gatos, sobre lendas dos índios caribenhos kuna-yala.
COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA
“Ingoma, o menino e o tambor é um documento da dignidade e do respeito que existe na umbigada. Este livro é uma referência cultural e um momento de prazer para todos nós.” José Hamilton Ribeiro (Editor do Globo Rural, prêmio Brasileiro Imortal e autor de Música caipira: as 270 maiores modas de todos os tempos)
“Ingoma, o menino e o tambor é excelente fonte de informações sobre o universo que focaliza. Por sua linguagem e abordagem, é obra de valor literário indiscutível. E por seu conteúdo tem função social relevante, de valorização da cultura afro-brasileira, na importância educacional e motivação de uma positiva autoestima nos leitores afro-descendentes.” Nei Lopes (Ordem do Mérito Cultural e autor da Enciclopédia brasileira da diáspora africana)
FICHA TÉCNICA
Título: Ingoma, o menino e o tambor – a tradição do batuque de umbigada
Autor: Lucas Puntel Carrasco
Ilustrações: Daniel Ribeiro e José Agustin Carrasco Mandeville
20 páginas
Formato: 16 x 23 cm
Editora: Puntel Editorial
Ano de publicação: 2010
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